Categoria: CULTURA

A Fundação Pedro Calmon (FPC), órgão vinculado à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), está realizando uma série de atividades durante a 11° edição da Feira Literária Internacional de Cachoeira – a Flica 2023, que acontece de 26 a 29 de outubro, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Na manhã deste sábado (28), no terceiro dia de programação do evento, ações de incentivo à leitura e à literatura foram promovidas na Praça Ubaldino Assis, no centro da cidade.

O projeto Leve e Leia realizou a distribuição de livros e Quiz Literário. Respondendo uma pergunta sobre literatura corretamente, o participante ganha um livro de presente. Na Biblioteca de Extensão (Bibex), um ônibus repleto de livros e revistas em quadrinhos dá acesso às obras que podem ser lidas gratuitamente. No espaço da Bibex, um Sarau Poético reuniu artistas e escritores e o público num recital de poemas.

De acordo com a assessora de gabinete da FPC, Renata Pereira, o órgão, junto à Secretaria de Educação, coordena a política leitura em todo o estado. “Com isso, esses eventos literários, as férias literárias, são de suma importância para o fortalecimento dessa política aqui no estado da Bahia. Por isso, é tão importante o apoio do Governo do Estado. Nós estamos apoiando cerca de 50 eventos literários esse ano e vamos aumentar ainda mais ano que vem”, explicou.

A FPC também coordena as ações da Casa do Governo na Flica 2023. “É uma programação muito boa, robusta, condensando as ações de todas as secretarias que estão participando. É uma programação bastante atrativa, nós temos saraus literários, oficinas de turbantes e tranças, aula pública e muito mais”, completou Renata.

Visitantes

Um grupo de estudantes do Colégio Estadual Teodoro Sampaio, do município de Santo Amaro, também no Recôncavo, visitou as ações da FPC na Flica. A estudante Iasmin Victoria, 17 anos, do 2º ano do Ensino Médio, estava na Flica pela primeira vez e gostou da experiência de manusear um livro em braile. “Acho interessante esse contato, até para outras pessoas sem deficiência se envolverem e aprenderem com isso”, contou a jovem.

A professora Gilmara Belmonte saiu de Amélia Rodrigues, na região de Feira de Santana, para prestigiar a Flica junto com a filha de 11 anos. “Já vim umas quatro vezes, sou fã. Estou achando a programação maravilhosa, riquíssima, celebrando a diversidade, muitas reflexões, questionamentos, desconstruções também. Aqui, o sarau é uma atividade lúdica, encantadora, porque a literatura é para nos encantar e também refletir”, declarou a professora enquanto assistia ao Sarau Literário. 

A Flica continua neste sábado com uma série de atividades em diversos espaços para todas as idades. O encerramento da edição 2023 acontece neste domingo (29) e a programação completa pode ser consultada nas redes sociais do evento.

A Fundação Gregório de Mattos (FGM) exibe, no canal do YouTube (https://www.youtube.com/c/fundacaogregoriodemattos), a série documental “A Pessoa por trás do Carrinho de Café”. Ao todo serão seis episódios, cada um composto pela entrevista com um “cafezinho” ou “cafezinha”, e com duração de até 14 minutos.  

“Cafezinho” ou “cafezinha” é a expressão usada pelos vendedores de café de Salvador para se autodefinirem. O documentário “A Pessoa por trás do Carrinho de Café” apresenta a história de vida de Cícero Barbosa de Matos (Doutor Café), Misael Balbino de Almeida (Café Rubro-Negro), José Carlos Gomes Teixeira, Cristiane Silva da Cruz (Cris Café), José dos Santos Silva (Zé) e José Carlos dos Santos (Carlinhos). 

O primeiro episódio foi exibido na última quinta-feira (12) e mostra um pouco da força feminina, a partir da história da “cafezinha” Cristiane Silva da Cruz, conhecida como Cris Café. Nesse episódio, Cris conta um pouco sobre o enfrentamento para atuar na rua com uma atividade que é predominantemente masculina, traz um pouco da própria história de vida e do cardápio desenvolvido por ela, que conta hoje com mais de 100 sabores de café. 

O segundo episódio será exibido nesta quinta (19) e trará a história de Misael Balbino de Almeida, o Café Rubro-Negro. Misael é um defensor do reconhecimento da atividade da venda de café com carrinhos como patrimônio cultural. Nesse segundo episódio ele, que atua como cafezinho na Estação da Lapa e na Piedade, vai contar um pouco da influência do trabalho que exercia como agricultor, juntamente com a família, no interior da Bahia, para a atividade que hoje exerce. 

Projeto – Todas as quintas-feiras será exibido um episódio até a conclusão da série. A obra audiovisual faz parte do projeto Salvador Vai de Cafezinho, selecionado pelo prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural – Ano II da FGM. A primeira ação do projeto foi um desfile de carrinhos de café, realizado no dia 1º de abril, com direito à premiação, no Campo Grande. O desfile “Salvador Vai de Cafezinho” contou com cerca de 40 inscrições e com premiações para os dez primeiros classificados. 

Em setembro, o projeto voltou à cena da capital baiana, a partir da realização do Cine Cafezinho, um evento audiovisual que reuniu o documentário “A Pessoa por trás do Carrinho de Café” e a masterclass “A Origem dos Cafezinhos”. A exibição fez parte do Festival da Primavera e ocorreu no Espaço Cultural da Barroquinha e na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA). Em ambos os espaços a entrada foi gratuita. 

A exibição da série no YouTube é uma oportunidade para que quem não pôde visitar o Cine Cafezinho possa conferir a produção audiovisual, que tem roteiro e direção-geral de Edvard Passos; parceria do Teatro Sesi Rio Vermelho e Sesi-BA e apoio do Café São Braz. 

“A ideia, ao produzir esse trabalho, foi tentar entender quem são essas pessoas, como é a vida dessas pessoas, a origem, o trabalho, a rotina, os desafios e enfrentamentos. Esse trabalho faz parte de um programa maior que está desenhando uma salvaguarda da atividade dos cafezinhos na perspectiva do reconhecimento como patrimônio cultural imaterial”, afirma o diretor e roteirista Edvard Passos. 

Salvaguarda – O Salvador Vai de Cafezinho é um projeto que objetiva a salvaguarda do ofício dos cafezinhos na luta pelo registro como patrimônio cultural imaterial de Salvador. São realizadas ações como oficinas, documentários, aulas, capacitação, desfiles com premiação e exposição dos cafezinhos finalistas, entre outras, que celebram os vendedores de café e seus carrinhos, uma invenção 100% soteropolitana. 

História – Não existem documentos que sinalizem com precisão o ano do surgimento dos cafezinhos em Salvador. No entanto, matérias jornalísticas e entrevistas com os próprios vendedores, que serviram de fonte de pesquisa para a produção da dissertação “Um Patrimônio em Movimento: Os Carrinhos de Café nas Ruas de Salvador”, de autoria do museólogo e mestre Eduardo de Araújo Fróes, dão conta de que a venda de cafezinho em Salvador ocorre desde 1970, período em que crianças atuavam nesse comércio com suas guias de mão. 

Ainda segundo a pesquisa, em 1980, surgem as guias com rodas adaptadas com um sistema de direção para facilitar o transporte das garrafas térmicas. Anos depois, as guias com rodas passaram por um processo criativo e inovador até se transformarem nos atuais carrinhos de café, alguns reproduzindo um caminhão; outros, um trio elétrico.  

A Educadora FM 107.5 anuncia nesta quinta-feira (5) as 50 músicas pré-selecionadas e as 15 suplentes do 21º Festival de Música da emissora pública. O maior festival de composições inéditas da Bahia premia em dinheiro todos os 50 finalistas e, este ano, a edição especial, nos 200 Anos da Independência do Brasil na Bahia, ampliou a premiação total para R$ 200 mil.

O festival é a grande premiação da música na Bahia e movimenta toda a cadeia produtiva do setor. Os representantes das 50 músicas pré-selecionadas e dos 15 suplentes deverão apresentar até às 18h do dia 16 de outubro a documentação exigida, conforme o edital.

A apresentação da documentação deverá ser feita no site do 21º Festival de Música Educadora FM, fazendo uso do mesmo login e senha utilizados para a realização da inscrição. Caso o concorrente não lembre a senha, haverá um botão com a funcionalidade de recuperação de senha.

Após a pré-seleção, as 50 músicas finalistas receberão R$ 3 mil, cada, e passam a fazer parte da programação da rádio. A etapa final consiste na seleção dos seis vencedores, que receberão prêmios de R$ 9 mil e R$ 16 mil, para a melhor música, melhor arranjo e melhor intérprete, nas categorias música instrumental e música com letra. Aos prêmios escolhidos pela Comissão Julgadora se somarão 2 prêmios populares da categoria ‘Música mais votada pelos ouvintes’, um com letra e outro instrumental.

Este ano o festival recebeu 808 inscritos, com forte participação de músicos do interior da Bahia, residentes em centenas de municípios dos 27 Territórios de Identidade, e ainda baianos que residem em mais de dez estados brasileiros e no exterior. A comissão de Júri é formada por Tatau, Xenia França, Bem Gil, Mônica Millet e Adriano de Angelis.

Nelson Rufino, um dos mais aclamados compositores de samba do país, é o homenageado desta edição, e se apresenta na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, na cerimônia de premiação, que será transmitida ao vivo pela Rádio Educadora e pela TVE para toda a Bahia.

Confira as músicas:

Músicas com letra – Selecionadas

Fonograma – Responsável pela inscrição

À Deriva – Priscila Magalhães  

A Pena do Homem – Yan Carlos Paiva Nogueira  

Alegria da Bahia – Lucas Vasconcelos Brandão  

Amor de Mãe (África) – Adelmo Casé do Nascimento  

Amor Tranquilo – Giovani Cidreira de Oliveira Castro  

Antes de Entrar na Dança – Jarbas Bittencourt das Virgens  

Apatia – Paloma Menezes dos Reis  

Aroeira – Murilo Marinho Vinagre (Murilo Chester)  

Aturar – Udi Santos  

Cadê Maria? – Izaque Bruno de Sousa Leal  

Canto em Espiral – Raquel Roriz  

Chorar de Saudade – Eloah Monteiro Andrade Barreto  

Ela – Paulo Eduardo Barros da Silva  

Garota de Salvador – Yan Soares da Silva  

Já Passou – Djean Felipe dos Anjos Lima  

Marcola Bituca – Lágrimas a Olorum Feat Jorjão Bafafé – João Marcos Mota de Santana  

Meu Amor Por Mim – Eduardo F A C Paim  

Meu Sertão Meu Ceará – Alana Reinaldo Dias  

Mormaço – Jana Cambuí Alves Lima  

Música – Luiz Felipe da Silva Barros  

Não Tem Carnaval – Riane Celi Mascarenhas Pinto  

Nunca Te Disse – Marcelo Caetano de Souza Santiago Valladares  

Oi Deus, Sou Eu de Novo – Aline de Jesus Souza  

Orixá – Savannah de Lima Santana  

Palavra Certa [Oyá Onira] – Ana Paula Albuquerque  

Pérola – Tomaz Loureiro de Souza Costa  

Rio do Tempo – Alexandre Marcos Carvalho de Azevedo  

Sabor – João Roberto Caribé Mendes Filho  

Samba do Infinito – Larissa Ribeiro Reis  

Segredo Solar – Renata Gabriella Santos Teixeira  

Será que Vai Chover – Talita Freitas Barbosa Felício  

Só pra Você – Lorena Mendes da Silva Costa        

Tudo com C – Sidney Anselmo Caldas  

Versão de Mim – Milena de Souza Melo  

Viver – Rilque Tiago Souza de Jesus

Músicas com letra – Suplentes

Fonograma – Responsável pela inscrição

Desapego – Tiago Ricardo Machado de Souza    

Fim de Tudo – Jonny Barros da Silva  

Fogo e Charme – Oseas Santos de Oliveira Júnior

Doce e Leve – Del Feliz Ramos de Oliveira Santos

Chão de Estrelas – Livia Nery  

Salve-Se – Juliana Maria Coelho dos Santos Carvalho

Amaré – Ingrid Lara de Souza Santos

Ao Sentir Você – Marcos Oorun

Depois da Festa – Damares Rodrigues Araujo Silva    

É de Cada Um – Hélio Mauricio Sacramento    

Músicas instrumentais – Selecionadas

Fonograma – Responsável pela inscrição

A Reza é Forte – Igor Davi Oliveira Alves  

Ameixinha do Papai – João Riso Souza Liberato de Mattos  

Antes de Você Partir (Homenagem Ao Maestro Letieres Leite) – Mário Soares de Britto  

Choro Feliz – Washington Oliveira Souza Souza  

De Cinema – José Reudes Nogueira da Silva  

Enquanto Ela Dormia – Ueber Soares das Neves  

Fases de Eridani – Tilson Ribeiro Santana Filho  

Jardim Secreto – Roberta Dantas da Silva  

Nordeste Meu País – Tiago de Jesus Marinho  

Pela Linha Verde – Flavio Burgos Morgade Cortizo  

Praia dos Pescadores – Rodrigo Heringer Costa  

Samba do Cabula – Luã de Almeida Pereira  

Swing Tororó – Tarcísio Santana Santos  

Um Baião pra Nenen – Marcelo Wiiiam Flores Silva  

Um Baião pro Mês de Julho – Nilton de Azevedo Carneiro

Músicas instrumentais – Suplentes

Fonograma – Responsável pela inscrição

Conversa de Cumpadi – Paulo Henrique Lima Adachi

Baião de Luz – Cicinho de Assis

Amuleto – Jaguaraci Oliveira de Andrade

Canção pra Ana – Sergio Bahia Pereira Gonçalves

Salve Oxossi – Moises da Cruz Santos

A Dona Barroca está de volta! Com a chegada da estação das flores, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) anuncia a reabertura do Espaço Cultural da Barroquinha, no entorno da Praça Castro Alves, em meio à programação cultural do Festival da Primavera. O espaço será reaberto nesta quarta-feira (20), com extensa grade de atrações do festival, celebrando a cultura, a história e o patrimônio da cidade, com fluxo ininterrupto até o dia 1º de outubro.

Marcada para às 18h30, a reabertura do Espaço Cultural da Barroquinha será celebrada com o Projeto Afro Barroquinha, conjunto de ações e atividades artístico-culturais que integrarão a programação. Para conduzir esse evento especial, a FGM traz o mestre de cerimônia Koanza, personagem criado pelo artista Sullivan Bispo. Na sequência, o Cortejo Afro ficará responsável por levar brilho e ritmo à noite.

No mesmo dia, será reaberta a exposição “Orixás da Bahia”, um marco cultural que celebra a riqueza e a profundidade da religiosidade afro-brasileira na Bahia. Além de ser uma expressão artística, a exposição também desempenha um papel importante na preservação e disseminação das tradições afro-brasileiras.

Para o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, “a reinauguração do Espaço Cultural da Barroquinha se torna o epicentro de uma série de atividades que celebram a cultura, a história e o patrimônio da nossa cidade. Convidamos todos a participarem desses momentos únicos de celebração”, disse.

Confira a programação:

Nos dias 22 e 23, acontecem três apresentações especiais, sendo no primeiro dia, às 19h e no segundo, 17h e 19h, do espetáculo “Resistência Cabocla”, com o Bando de Teatro Olodum. A peça conta a história de dois jovens negros, Luque e Mirna, que se preparam para desfilar no 2 de Julho, uma das datas mais significativas de Salvador. Enquanto Luque se sente ansioso para desfilar como baliza em uma das fanfarras, a musicista Mirna levanta questões sobre a falta de representatividade negra e feminina na celebração. O espetáculo, dirigido por Daniel Arcades, é uma oportunidade de honrar a coragem de nossos ancestrais negros e indígenas e destacar a importância da liberdade. A entrada é gratuita.

No dia 24, às 16h, o ritmo toma conta do Espaço Cultural da Barroquinha com “Sibí Dúdú – Roda de Samba”. Esta apresentação reúne grupos soteropolitanos como Mãos no Couro, Gira D’elas e Geo da Viola, em uma celebração da cultura preta que busca resgatar a musicalidade do samba de roda e preservar os quitutes do tabuleiro baiano. Além disso, a culinária ancestral e a Feira de Afroempreendedores, com artesanato, acessórios, moda afro e produtos naturais, enriquecem essa experiência única.

No dia 26, às 17h, acontece mais uma edição do “PATRIMÔNIO É…”, roda de conversa sobre o patrimônio cultural da cidade, com o tema “O Candomblé da Barroquinha e suas Matriarcas”. Esta ação de educação patrimonial, integrante do programa Salvador Memória Viva da Fundação Gregório de Mattos, explora temas relacionados à riqueza cultural de Salvador.

Já no dia 27 de setembro, às 17h, o “Cine Cafezinho” apresenta o lançamento de produtos audiovisuais contemplados pelo Prêmio Jaime Sodré, incluindo a masterclass “A Origem dos Cafezinhos” e o documentário “A Pessoa por Trás do Carrinho de Café”. De 28 a 30, às 19h, Sullivan Bispo traz de volta ao palco do Barroquinha, o aclamado espetáculo “Kaiala”. A peça narra a história de uma menina de 10 anos iniciada no candomblé de tradição angola, que foi vítima de intolerância religiosa, quando seu terreiro foi invadido por um grupo de evangélicos que buscava pôr fim aos cultos de matriz africana.

Nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, das 10h às 17h, o Projeto Ocupação Sound System – Arte Urbana na Comunidade oferece formação, intercâmbio e circulação para jovens do grafite e do sound system. A Feira de Empreendedores no Pátio do Espaço Cultural da Barroquinha complementa esta iniciativa, proporcionando oportunidades para empreendedores locais. Este evento é gratuito e valoriza a criatividade da juventude.

Trazendo uma multiplicidade de sucessos da música baiana no repertório, os cantores Juan e Ravena, Adelmo Casé e Gerônimo Santana se apresentaram no Largo do Pelourinho, nesta sexta-feira (15). Os shows marcam a abertura do Festival da Primavera, promovido pela Prefeitura de Salvador através da Empresa Salvador Turismo (Saltur), na região do Centro Histórico.

Abrindo as apresentações, a dupla Juan e Ravena subiu ao palco às 15h30, cantando sucessos que variaram entre forró e axé. “É um enorme prazer, mais uma vez, participar de uma festa tão linda quanto o Festival da Primavera. Apresentamos um repertório especial hoje que liga o São João ao Carnaval, onde iniciamos o show com o forró e encerramos com o axé, cantando músicas que também remetem à primavera e a beleza dessa estação”, disseram os irmãos.

Quem passou pelo local aprovou a festa. O casal maranhense Pedro Paulo e Catarina Ferreira conta que estar em Salvador é sempre muito especial, pois a cidade surpreende a cada visita. “Chegamos aqui no Pelourinho e fomos surpreendidos com o Festival, adoramos a música, o clima, já estamos por dentro da programação da festa e vamos curtir muito ao longo dos seis dias que passaremos aqui. Estar em Salvador é sempre muito especial”, disse Catarina.

O cantor Adelmo Casé e a banda Negra Cor comandaram o anoitecer no Largo do Pelô. O artista iniciou sua apresentação ao som de “É Privamera”, um dos grandes sucessos de Tim Maia. “Vamos iniciar o show homenageando a estação das flores, das cores e também dos amores, ao som de Tim Maia. Quero também agradecer a prefeitura de Salvador e dizer que é uma honra me apresentar aqui no Pelourinho, no coração da cidade, nessa festa tão maravilhosa”, afirmou.

Encerrando a programação desta sexta, o cantor e compositor Gerônimo Santana foi a última atração a subir no palco, trazendo grandes sucessos de sua carreira como “É D’Oxum” e “Marinheiro, Marinheiro”. De acordo com o cantor, o Festival da Primavera é um ponto forte para a música baiana, uma vez que a festa reúne diversos ritmos e consegue abarcar diversos públicos e regiões da cidade.

“Eu sou apaixonado pelo Festival da Primavera, essa é a terceira ou quarta vez que participo e quero dizer que considero este um dos principais eventos do calendário de Salvador, é uma festa que possibilita que a diversidade musical permeie por toda a cidade e alcance os mais diferentes públicos”, ressaltou o artista.

O evento contou com o apoio e atuação da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), da Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM) e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).

Neste sábado (16) também se apresentam no local, a partir das 17h30, o cantor Wilson Café e, em seguida, às 19h30, Tonho Matéria. Além dos shows, o Festival da Primavera traz ainda uma programação intensa que acontece em diversos bairros da cidade até o dia 1º de outubro, com apresentações artísticas, esportes, feiras, além de ações de lazer para toda a família.  A programação completa pode ser conferida no site www.festivaldaprimavera.salvador.ba.gov.br/.

A capital baiana sediará em 2023 um dos maiores eventos voltados para a economia náutica do mundo. A Prefeitura lançou nesta segunda-feira (28) o Salão Náutico Salvador com Grand Pavois, que acontecerá entre os dias 14 e 19 de novembro na Bahia Marina, no Comércio. A programação foi divulgada pelo prefeito Bruno Reis e contará com exposição de grandes embarcações, pavilhões com temas do setor, palestras, fóruns, dentre outras atividades para admiradores do mar.

Essa é a primeira vez que o Grand Pavois vem para o continente americano e apenas a terceira vez que ocorre fora de La Rochelle, na França, cidade que é uma das referências náuticas do mundo – as outras duas foram em Hong Kong e na China. A parceria com o evento, que tem mais de 50 anos de história, vai permitir que Salvador amplie o seu calendário de eventos, atraindo milhares de visitantes de todo o planeta e estimulando o setor da economia do mar, no qual a capital baiana tem grande potencial.

“Nós precisávamos trazer para Salvador um grande evento como esse. Ele vai, sem sombra de dúvidas, projetar a nossa cidade para o Brasil e para o mundo. Entre os dias 14 e 19 de novembro, todas as atenções do mundo náutico estarão voltadas para Salvador. Tenho certeza que vamos atrair milhares de visitantes, pessoas que virão para a nossa cidade realizar negócios. Assim, vamos divulgar e potencializar ainda mais a nossa Baía de Todos os Santos, que é um dos nossos maiores tesouros”, disse o prefeito no lançamento.

O prefeito destacou que o município tem realizado nos últimos anos uma soma de esforços para estimular o setor náutico na capital baiana, e a chegada do Grand Pavois é mais um passo nessa estratégia. “Todo mundo que chega a Salvador – e essa é uma inquietação constante na nossa Prefeitura – olha para essa Baía de Todos os Santos, que é a maior baía navegável do mundo, e a primeira coisa que vem à mente é: ela podia ser mais explorada, podia gerar mais oportunidades, podia ser mais conhecida no mundo. E nós estamos trabalhando para isso”, disse.

Nesse sentido, o prefeito citou os investimentos em infraestrutura que a gestão tem feito na baía, como a implantação de diversos píeres, a exemplo do que está em execução em Bom Jesus dos Passos, além da criação de um mercado cultural para comercialização de artesanato local e a construção de um promenade para passeio de visitantes na borda da ilha. Além disso, o município abrirá em setembro o SAC Náutico, estrutura no Comércio em parceria com o Distrito Naval, com a Polícia Federal e com a Receita Federal para facilitar todas as atividades econômicas realizadas no mar.

Francisco Brandão, diretor da AZ Produção, responsável pela organização do Salão Náutico com Grand Pavois, destacou que o projeto nasceu há dois anos dentro do Comitê Náutico de Salvador e vinha sendo preparado desde então, tamanha é a sua importância. “Teremos um evento internacional dentro de uma marina, que é a grande tendência dos salões em todo o mundo. É importante destacar que o setor náutico gera muitos empregos, e esse encontro vai fomentar essa indústria aqui na Baía de Todos os Santos, promovendo ela como destino para todo o planeta”, disse.

A ideia é que 60 barcos estejam em exposição num espaço de 4 mil m² na Bahia Marina. Além da exposição de embarcações e de equipamentos, o Salão Náutico Salvador com Grand Pavois trará conteúdos sobre a arqueologia subaquática, trilhas interpretativas com histórias da Baía de Todos os Santos, além de pavilhões destinados a diferentes temas do universo náutico, desde destinos com potencial turístico até gastronomia.

O evento também será palco de palestras e fóruns sobre o universo náutico, tratando assuntos ligados à economia do mar, desde sustentabilidade, passando por pesca, turismo de mergulho e esportes aquáticos.

Potencial – A organização da Grand Pavois possui sede na França. O mercado náutico brasileiro movimenta, anualmente, bilhões de reais, que envolvem setores como indústria e turismo gerando empregos direto e indiretamente, além de comércio exterior com importação de insumos, equipamentos e exportação de barcos.

Com o aumento de pessoas interessadas em barcos, jet skis e veleiros, o Salão Náutico de Salvador com Grand Pavois é uma oportunidade de mostrar as transformações ocorridas nos últimos anos em tecnologias náuticas, bem como o que há de novo nesse setor. Neste cenário, a proposta é conseguir atrair investidores na área náutica para se estabelecerem na capital baiana.