Categoria: EDUCAÇÃO

O Espaço Cultural Malê Debalê, no Alto do Abaeté, abrigará atividades no contraturno escolar para os alunos do 1º ao 5º ano da região de Itapuã. A parceria entre a Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), e o grupo Malê Debalê foi firmada na noite desta sexta-feira (30), com as presenças do prefeito Bruno Reis, do titular da Smed, Marcelo Oliveira, e de um dos fundadores da agremiação cultural, Josélio de Araújo, dentre outras autoridades.

A estimativa é atender 300 crianças por dia, 150 por turno, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os alunos terão aula de Língua Portuguesa, Matemática, Cultura e Atividade Esportiva. A Smed vai montar a estrutura de alimentação (lanche e almoço) para atender as crianças que sairão da escola e seguirão direto para o espaço.

O prefeito ressaltou que a iniciativa vai colaborar ainda mais para o processo educacional das crianças. “O Malê Debalê realiza esse trabalho educacional e social durante o ano inteiro na comunidade. Neste momento, está sendo ampliado este convênio, para que as crianças tenham alimentação, reforço escolar e que possam utilizar o espaço para o aprendizado”.

As atividades no contraturno escolar possuem a finalidade de compensar o período da pandemia, em que os estudantes da rede tiveram comprometimento nas suas aprendizagens. A iniciativa já é oferecida em cinco unidades da Fundação Cidade Mãe (FCM) e em duas unidades da Escola Laboratório (Escolab), situadas na Boca do Rio e em Coutos. A intenção da Smed é, gradativamente, atender todos os alunos da rede com esse reforço no aprendizado.

O Programa Educando para a Sustentabilidade já é uma realidade nas escolas da Rede Municipal. A iniciativa visa ampliar as opções no cardápio de mais de 145 mil estudantes que terão uma quantidade maior de verduras, legumes, grãos e frutas nas refeições. No mês de setembro a alimentação escolar dos estudantes da rede contará com novas receitas à base de vegetais, enriquecendo o cardápio e proporcionando novos sabores. Em visita à Cmei Luís Eduardo Magalhães foi degustada a moqueca de feijão branco com farofa de banana. A iguaria foi bem aceita e muito elogiada pelas crianças.

“Uma delícia, limpei o prato”, contou Miguel, 5 anos. Luan Vieira de apenas 4 anos disse que a comida estava tão gostosa que repetiu. “Eu comi duas vezes”. Além da moqueca de feijão branco, conta no cardápio feijoada de legumes, escondidinho de lentilha, estrogonofe de grão de bico, também no cardápio serão servidas bebidas a base de vegetais e cereais (inhame, arroz, aveias ), essa opção para crianças com restrição de leite. A implantação do Programa foi realizada gradativamente, a Coordenação de Alimentação Escolar da Smed reuniu primeiro os gestores para uma palestra e degustação, treinamento com as merendeiras e teste de aceitabilidade, em 30 unidades escolares. Os familiares também serão convidados para saborear um cardápio especial.

As receitas foram desenvolvidas de acordo com as necessidades das instituições e aceitação das crianças, considerando a cultura alimentar da região, infraestrutura das cozinhas e as resoluções que as instituições devem seguir, de acordo com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A ideia é que eles entendam a necessidade dessa mudança que vai dar mais possibilidades para as crianças e o mais importante, não vai interferir na nutrição dos pequenos.

O projeto tem a proposta de apresentar novos hábitos alimentares, mais saudáveis, com predominância de vegetais. A refeição sem proteína animal será servida apenas uma vez por semana nas escolas de turno integral. “Isso não causa nenhum prejuízo à nutrição das crianças, ao contrário, possibilita a elas experimentarem novos sabores e incorporarem na alimentação das suas famílias, alimentos que eles não tenham acesso normalmente, até por questões culturais”, disse o secretário municipal da Educação Marcelo Oliveira.

“As crianças estão aceitando com tranquilidade. A alimentação das escolas é toda saudável com muita fruta, verduras…O que estamos fazendo é uma pequena mudança realizando a substituição do alimento de fonte animal por fonte vegetal, pensando na sustentabilidade. Vamos fazer um trabalho com os familiares para que eles entendam a implantação do novo cardápio que vai dar mais possibilidades para as crianças ter o acesso a variedade de alimentos, explica Emilia Coelho, Coordenadora de Alimentação Escolar da Smed.

As oficinas formativas“Encontros com Familiares”serão realizadas de hoje (26/08) a 2 de setembro para as redes de ensino dos municípios baianos de Acajutiba, Alagoinhas, Araçás, Aramari, Cardeal da Silva, Conde, Entre Rios e Inhambupe, que integram o Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) Agreste Litoral Norte. A iniciativa, em formato remoto, busca promover uma maior interação entre as famílias e a escola para a melhoria das aprendizagens dos estudantes.

A ação é parte do plano de trabalho do Projeto de Educação Continuada, promovido pela Bracell, em parceria técnica com o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), para os municípios da área de abrangência da empresa que integram o projeto.

Os encontros propõem uma reflexão sobre a importância da família como alicerce na parceria com as ações da escola, no acompanhamento da vida escolar e no desenvolvimento das aprendizagens, considerando a importância da rotina de estudos. Para isso, as famílias sairão das oficinas com algumas atividades para serem realizadas com os estudantes em casa e devem retornar para uma segunda etapa de formação, prevista para acontecer de 21 a 30 de setembro, nos mesmos municípios.

Nas atividades, os familiares também terão a oportunidade de conhecer mais sobre os projetos da Bracell em relação às ações de educação no território do Litoral Norte e Agreste Baiano, como o Projeto de Educação Continuada, que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da educação básica das redes públicas de municípios situados na área de influência da empresa.

SERVIÇO

O quê? Encontro com Familiares – Projeto de Educação Continuada.

Quando? 1ª Etapa:26 de agosto a 02 de setembro / 2ª Etapa: 21 a 30 de setembro (consulte o cronograma abaixo).

Para quem? Familiares de estudantes das redes de ensino dosmunicípios que integram o Projeto de Educação Continuada:  Acajutiba, Alagoinhas, Araçás, Aramari, Cardeal da Silva, Conde, Entre Rios e Inhambupe.

Onde? On-line, via plataforma Zoom.

O auxílio financeiro concedido pelo programa Primeiro Passo às famílias com crianças em idade de creche e pré-escola não matriculadas na rede municipal da Educação terá reajuste de 25%. O valor sairá de R$65 para R$81,50 e deverá ser pago aos beneficiários a partir de setembro. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Reis nesta quarta-feira (24), no Palácio Thomé de Souza, ao lado dos secretários Daniel Ribeiro (Promoção Social), Fernanda Lordêlo (Infância e Juventude) e Marcelo Oliveira (Educação).

Ainda na ocasião, o gestor assinou o termo de cooperação para pesquisa e mapeamento da população em situação de rua na cidade, e divulgou balanço de atendimentos para o Auxílio Brasil e benefícios eventuais. “O Primeiro Passo funciona como auxílio para custear os estudos, e há três anos não era reajustado. Então, agora reajustamos em 25%, correspondente à inflação do período, saindo dos antigos R$65 para R$81,50 a partir da folha de setembro, contribuindo para essas famílias que necessitam de auxílio na educação dos filhos. É um programa que conta com investimento próprio da Prefeitura, e que hoje é um verdadeiro sucesso”, declarou Bruno Reis.

“Hoje nós vimos a concretização de uma proposta do prefeito de reajustar o valor pago às famílias beneficiadas pelo Programa Primeiro Passo, um aumento significativo que ajuda de forma fundamental quem tem filhos pequenos na escola. Esse valor ajuda a custear as despesas acessórias para que essas crianças possam desfrutar de uma educação de qualidade, isso demonstra a sensibilidade do prefeito para essa questão, que dá um novo alento para essas famílias manterem seus filhos na educação infantil”, destaca o secretário, Marcelo Oliveira.

Criado com a finalidade promover e proteger os direitos da criança na primeira infância, ou seja, com idade até 5 anos, o Primeiro Passo possui atualmente 16,1 mil titulares (responsáveis) e 17,4 mil dependentes (crianças) cadastrados. O auxílio tem dado suporte para matrícula do público infantil em unidades privadas de ensino, quando não há vagas disponíveis na rede pública.

Além disso, as famílias que fazem parte da iniciativa têm esse apoio financeiro, que também é condicionado à participação em atividades intersetoriais nas áreas de educação, saúde e assistência social, além de acompanhamento do desenvolvimento da criança. De janeiro até agosto deste ano, a Prefeitura desembolsou R$8,5 milhões para o pagamento do Primeiro Passo.

A Escola Municipal do Bairro da Paz recebeu a “Exposição Fósseis: o que são e porque preservá-los” apresentada pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia, na manhã da última sexta-feira (19). A ação mobilizou alunos das turmas do 4º e 5º ano, além dos adultos matriculados no projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

De acordo com Rosimeire Lira, vice-diretora da instituição, a iniciativa complementa o conteúdo que é apresentado em sala de aula diariamente e dá oportunidade para as crianças viverem novas experiências. “Geralmente os alunos saem pouco do bairro e muitos não têm a possibilidade de visitar museus e exposições”.

Na exposição, os alunos conseguem ver de perto partes de animais que viveram na Terra há milhões de anos, despertando a imaginação e curiosidade das crianças, além de facilitar o aprendizado. “Eles ficam maravilhados e conseguem fazer uma associação com o conteúdo que foi visto, anteriormente, na teoria em sala de aula”, explicou.

Para João Pedro, de apenas 10 anos, aluno do 4º ano, a experiência foi única. Ele conta que nunca tinha visto um fóssil, mas que, a partir de agora, seguirá na busca pelo elemento no quintal de sua casa, com ajuda dos amigos. “Eu já tinha ouvido falar em fóssil, mas nunca tinha visto um pessoalmente. Principalmente o crânio do bicho preguiça gigante, que foi o que mais me deixou impressionado. Adorei tudo que vi aqui, acho que vai ajudar no meu aprendizado e que outras exposições como essa poderiam acontecer mais vezes, aqui na escola”, contou o menino.

Projeto – As palestras foram ministradas por estudantes e pesquisadores do curso de Geologia da Ufba, em um formato adequado para a linguagem infantil, em que foi possível tirar as dúvidas dos pequenos correlacionando a explicação com informações que fazem parte do dia a dia deles. Foram utilizados filmes, jogos e personagens como referências, a fim de introduzir os conceitos necessários para fomentar o aprendizado dos alunos.

A exposição faz parte do projeto “Pedras e fósseis: uma história pra contar”, que visa difundir conhecimentos de paleontologia no ensino básico e fomentar a valorização do patrimônio fossilífero da Bahia. A partir da aula, as crianças puderam entender melhor o que são fósseis, como sua formação ocorre, onde eles podem ser encontrados, inclusive no território baiano, além de reforçar o ensino de ciências, com informações acerca do tempo geológico, do comportamento humano e seus impactos na modificação dos ambientes.

Elementos como microrganismos fossilizados – também chamados de microfósseis – e megafaunas, que abrangem fósseis de mamíferos gigantes, com até 600 milhões de anos, foram apresentados durante a exposição. Na oportunidade, os alunos puderam observar os elementos e até estabelecer contato físico com algumas peças.

Além da exposição de fósseis, o projeto da Ufba conta com a elaboração de recursos didáticos e a realização de cursos, sobre o ensino de paleontologia, para professores do ensino básico.

Neste Dia do Estudante, as escolas da Rede Municipal mudaram a rotina e comemoraram a data com uma programação especial. Na Escola Municipal Hildete Lomanto, situada no bairro do Garcia (GRE Centro), o dia foi de muita animação e aprendizado. Os alunos participaram de uma gincana literária cuidadosamente pensada para aliar diversão, educação, jogos, cultura e festa nesse dia tão especial para eles. As atividades foram realizadas com as turmas do 6º ao 9º ano, em homenagem ao saudoso escritor Jorge Amado, que completaria 110 anos de idade este mês. Algumas das obras do escritor foram reproduzidas durante as brincadeiras.

De acordo com a vice-diretora Litza Celino Machado, essa comemoração é uma forma de mostrar a importância da educação, além de animar e entreter os estudantes. “Essa gincana foi pensada para criar uma interdisciplinaridade na escola, onde todos os professores e comunidade escolar participam com os alunos no cumprimento das tarefas e dessa forma, vamos homenagear os estudantes nesse dia com o que eles gostam mais que é brincadeiras culturais, interação, conhecimento e muita alegria”, ressaltou.

Para enfatizar a importância do escritor baiano Jorge Amado e estimular a leitura dos participantes, cada grupo teve o nome de um livro escrito pelo autor. As equipes Capitães da Areia, Gabriela Cravo e Canela, Mar Morto e País do Carnaval agitaram toda a comunidade escolar. Durante a competição, os alunos tiveram que realizar tarefas para mostrar o conhecimento das obras que foram lidas e pesquisadas em sala de aula. “Sabíamos que depois da pandemia teríamos um grande desafio, e o lúdico é necessário na Escola. Jorge Amado foi um ícone, levou o nome da nossa cidade para ao mundo”, disse Olga Alves de Vasconcelos, professora de Português e idealizadora da sequência didática.

O professor de Artes Estefânio Santos Costa foi um dos padrinhos das equipes, destacou a importância do envolvimento dos alunos com as brincadeiras e com a leitura das obras. “Essa interação dos estudantes com o mundo das artes e da literatura, oportuniza nossos alunos a crescerem em conhecimento e cultura”, disse.

A aluna Julia Mendes, 13, componente da equipe Gabriela Cravo e Canela, adorou a interação e disse ter aprendido muito sobre literatura. “Eu me divertir bastante e aprendi muitas palavras novas, este momento foi muito importante para mim enquanto estudante, a diversão foi garantida com muita alegria e conhecimento”, pontou.

Teve programação animada também na Escola Municipal Saturnino Cabral, em Cosme de Farias (GRE Centro). Os pequenos se divertiram com atividades de Língua Portuguesa, Matemática e mais uma série de brincadeiras como: pular corda, pula-pula e muito mais. “Procuramos elaborar atividades lúdicas, pois é importante trabalhar a questão dos diversos saberes, hoje o dia inteiro foi para eles”.

Animados também estavam os alunos da Escola Municipal Hilberto Silva, no bairro da Calçada (GRE Liberdade/Cidade Baixa), a diretora da unidade Simone Albuquerque de Brito, falou que a intenção é promover a socialização entre os estudantes. “A proposta da programação é que eles tenham prazer de estar na escola, vontade de estudar e ter um futuro melhor. Estão muito animados, interagindo bastante, nas batalhas do Tik Tok, nas apresentações de poesia, música, jogos… até os alunos que são tímidos, hoje estão numa animação de dá gosto e isso nos fortalece”, frisou.

A Escola Municipal Sociedade Fraternal, situada em Pau da Lima, é uma das unidades contempladas com o Projeto Escola Verde com Afeto, da Ong Canteiros Coletivos. Juntas realizaram o plantio de árvores no entorno da unidade para evitar o acúmulo de lixo.  A iniciativa ganhou visibilidade e vai fazer parte de uma série realizada pela Tv Bahia, que será exibida em setembro no Bom dia Brasil.

Em 2018 foi feita a reforma da calçada da escola, que servia de ponto irregular de descarte de lixo. A ação envolveu estudantes, professoras, famílias e representantes da comunidade local, além da equipe dos Canteiros Coletivos, que têm Débora Didonê, como idealizadora do projeto.  “Atualmente o desafio é aprovar o projeto de lei de iniciativa popular Escola Verde que tem o objetivo de arborizar e criar espaços verdes no entorno das escolas públicas de Salvador. O Projeto precisa de cem mil assinaturas para ser aprovado e vai beneficiar as escolas e comunidade local, e precisa de ampla divulgação para que as pessoas conheçam e possam transformar os mais diversos pontos de lixo, existentes em nossa cidade, em canteiros verdes”, explica Débora.

A diretora da escola, Elenilda de Sá recorda como era o caminho até chagar na escola. Antes percorríamos um trecho cheio de entulho, mas agora com a ação da Ong, a frente da unidade ficou mais limpa e transitável. Aproveitar o entorno da escola, possibilita a aprendizagem baseada em problemas reais e favorece o desenvolvimento integral dos estudantes, além de contribuir para a pedagogia engajada, como preconiza Bell Hoocks, além de romper com os muros do entorno, pois a escola precisa ter barreiras fluidas e dialogar com a comunidade”, afirma a diretora.

A escola possui 455 estudantes, oferece o Ensino Fundamental I e a Educação de Jovens e Adultos. As ações desenvolvidas no espaço escolar promovem a Ecologia de Saberes, pois envolve os saberes dos estudantes, funcionários, professoras, professores e familiares. Conforme a diretora, cada pessoa contribui com o espaço de acordo com a habilidade, o que resulta no fortalecimento dos vínculos afetivos e no cuidado com o meio ambiente.

Daiane Cerqueira Lopes Batista, mãe de dois filhos que estudam na unidade, aprova e se envolve com a iniciativa. “Eu me sensibilizei com esse projeto, é importante a gente cuidar desse espaço, pois é o futuro deles, se não cuidarmos agora, como vai estar daqui a alguns anos? Nós adultos precisamos dar o exemplo”, frisou.

Ligia Cristiana Oliveira Ramos também é mãe de um aluno. “É terrível essa falta de ética das pessoas que colocam lixo em um muro de uma escola ou qualquer outro estabelecimento público, vamos cuidar da nossa escola, das nossas crianças, vamos contribuir para que aquele lugar fique mais limpo, deixar o ambiente mais saudável e não jogar mais lixo, isso é uma obrigação de todos nós”, pontuou Lígia.

Para fortalecer o projeto, basta procurar a escola e assinar ou fazer a assinatura digital,  baixando o aplicativo mudamos:  https://www.mudamos.org/temas/escola-verde/plugins/peticao É um aplicativo seguro, não deixa os dados armazenados, e é preciso ter CPF e título de eleitor para comprovar que é eleitor de Salvador.

Salvador passa a contar com mais uma estrutura para receber alunos matriculados na rede municipal de ensino. Completamente reconstruído pela Prefeitura, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Castro Alves, localizado na Rua Professor Jairo Simões, ao lado da Unidade Básica de Saúde, no Imbuí, foi entregue nesta segunda-feira (8), com as presenças do prefeito Bruno Reis, ao lado do titular da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira.

Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito lembrou que não há como alcançar uma educação de qualidade sem oferecer uma infraestrutura de mesmo nível. “Esta é a 13ª escola inaugurada neste mandato, onde investimos R$5 milhões, em recursos próprios, oriundos da população. São dez salas climatizadas, biblioteca e espaço de lazer, dentre outros espaços de convivência. Temos ainda, em licitação ou em construção, 23 outras unidades escolares. Vamos chegar, até o início de 2023, com 36 novas escolas em Salvador. Quanto às reformas, em 18 meses, 133 escolas foram contempladas, chegando a mais de 75% de nossa rede totalmente requalificada, com escolas novas, construídas, reconstruídas, reformadas ou ampliadas. E, até o final deste mandato, vamos chegar a 100%”.

Bruno Reis citou ainda o planejamento para entrega de materiais de apoio a estudantes a partir do 1º ano. “Quem planeja ofertar uma educação de qualidade precisa conectar essas crianças com o mundo. Então, agora em setembro, vamos ofertar tablets e chromebooks para educadores e crianças do 1º ao 9º ano, então 116 mil alunos receberão tablets, além dos chromebooks para os professores, com novas ferramentas de letramento e até criação de jogos eletrônicos. Se não investirmos neste tipo de educação, ficaremos fora da disputa, que já está avançada no mundo”.

Nova unidade – A escola foi reconstruída após a antiga instalação apresentar problemas estruturais, elétricos e hidráulicos. Além disso, a unidade sofria com infiltrações, falta de acessibilidade e espaços incompletos para atender às atividades escolares. Com 1,8 mil m² de área construída, o novo Cmei possui capacidade para 250 alunos por turno. São dez salas de aula climatizadas e com renovação de ar e acessibilidade total.

Também há refeitório, guarita coberta com sanitário, cozinha com triagem de alimentos, depósitos, lavanderia, casa de gás, bombas de subestação, reutilização de água pluvial, solário, brinquedoteca, anfiteatro, parque infantil e mais uma série de equipamentos para garantir o conforto e aprendizado das crianças do bairro do Imbuí e entorno.

Para o secretário Marcelo Oliveira, a cada inauguração de unidade a Prefeitura oferece uma gama ainda maior de qualidade e competência para a educação soteropolitana. “Tratamos aqui com pessoas preparadas e qualificadas para cuidar dessas crianças. E contamos ainda com a participação das famílias, para termos uma comunidade ativa que nos auxilie a fornecer uma educação de qualidade. Espero que possamos ofertar uma educação que possa abrir para eles as portas do mundo”, destacou o gestor.

A diretora do espaço, Cristiane Veloso, falou sobre a importância do corpo físico da unidade e da equipe multidisciplinar para o pleno funcionamento do espaço. “Este é um lugar onde as crianças são felizes, com uma equipe premiada, que merecia muito este lugar. Essa escola acolhe sete comunidades circunvizinhas. Teremos 250 crianças para serem felizes e amadas por todos nós”.

Para a designer de moda Renata França, o colégio é adequado às necessidades do filho Theo Vieira, de 5 anos, que migrou de uma escola particular. “O Cmei não deve nada em estrutura e ensino, o espaço é amplo, bonito, organizado e vai colaborar bastante com o aprendizado dele. A unidade é ampla e garante tudo o que ele precisa”.

Foto: Enaldo Pinto

Os acervos culturais dos projetos Baú das Artes e Trilha das Descobertas serão entregues este mês a dez escolas municipais de Dias d’Ávila e Candeias, respectivamente, beneficiando mais de 900 crianças diretamente. Os recursos pedagógicos, que incluem livros, jogos educativos, brinquedos, materiais de artes plásticas, entre outros objetos, promovem o desenvolvimento socioemocional dos estudantes de forma lúdica. A metodologia é implementada pela Evoluir, com o patrocínio da Braskem e parceria com as secretarias de Educação dos municípios, sendo viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

Com apoio desses recursos, os professores podem conduzir atividades educativas, incentivando a criatividade, socialização, expressão e habilidade manuais dos alunos. Para a gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia, Magnólia Borges, as duas iniciativas proporcionam uma aprendizagem significativa para os estudantes. “Acreditamos que a educação proporciona os recursos necessários para a transformação social, por isso a importância de programas como esses, que ampliam os horizontes das crianças, apresentando assuntos, como sustentabilidade, reciclagem e preservação do planeta. Desta forma, contribuímos para a formação de cidadãos conscientes”, explica.

O meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, sexualidade e ética são temáticas abordadas por meio da ludicidade no projeto Baú das Artes, que beneficia crianças entre 6 e 11 anos do Ensino Fundamental em Dias d’Ávila. “O Baú das Artes foi elaborado para funcionar como um recurso efetivo de suporte ao desenvolvimento integral dos alunos desta faixa etária, onde não só as crianças têm a oportunidade de se descobrir e ganhar novas habilidades essenciais para a vida, como também ter os primeiros contatos com temas transversais importantes, como economia, meio ambiente e saúde”, destaca Carla Costa, coordenadora do projeto na Evoluir.

Já o Trilha das Descobertas, que atende crianças de 4 e 5 anos, idades na faixa pré-escolar, em Candeias, trabalha habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com experiências sensoriais, estéticas, relacionais, corporais e cognitivas. “Seu conteúdo foi preparado para ajudar a ampliar o conhecimento conceitual e aplicado sobre desenvolvimento cultural na infância, incentivando da mesma forma as habilidades de facilitação de educadores e agentes promotores de cultura, especialmente no âmbito local”, diz Cláudia Diogo, coordenadora do projeto na Evoluir.

Para garantir que todo potencial das duas iniciativas seja aproveitado, os professores recebem uma formação com oficinas de capacitação, apoio para o planejamento e implementação das atividades em sala de aula e acompanhamento pedagógico. No total, 76 educadores foram capacitados para melhor utilização das ferramentas presentes nos baús e acervos. O Baú das Artes beneficiará as escolas Biribeira, Araci Reis, Bosque e Claudionor Simões do Carmo, em Dias d’Ávila. Já o Trilha das Descobertas atenderá as Conselheiro Luiz Viana, Dom Pedro I, Padre José de Anchieta, Pasto de Fora, Professora Palmira do Nascimento Garcez e Thyeres Novais Cerqueira Lima, em Candeias.

Danças, músicas e roda de conversa marcaram a programação do Julho das Pretas, na Escola Municipal Saturnino Cabral, no bairro de Cosme de Farias. Alunos, mães e toda a comunidade participaram das atividades, realizadas ao ar livre no bairro, na última sexta-feira (29).

O evento, intitulado “Alto das Pretas”, teve como o objetivo, além de desenvolver um trabalho com os alunos da escola, enfatizar temáticas como o empoderamento feminino, a conscientização e valorização da mulher preta por toda a comunidade.

Quem participou da celebração assistiu a desfiles de roupas africanas, danças e apresentações de cantigas. Ainda durante a programação, alunos da escola puderam contar para toda a comunidade história de mulheres negras resistentes, a exemplo de Luisa Mahin, Maria Felipa, Tia Ciata e Tereza de Benguela.

Mobilização – “Nossa proposta foi de mostrar para a comunidade, principalmente as mulheres pretas, sobre suas valorizações. Além das crianças, essas mulheres precisam, também, se sentirem mais empoderadas, pois temos visto ao longo dos anos uma crescente falta de autoestima nelas que, em sua maioria, são pretas”, disse a diretoria da escola, Jaciara Araújo.

A diretora ainda explica como toda a programação das atividades é incluída no processo pedagógico da unidade escolar. “Para além da valorização e conhecimento das mulheres negras, trabalhamos, também, a alfabetização, o letramento, a leitura e a escrita, primeiramente com essas crianças. Essa é uma maneira, também, de mobilizar, incentivar e trabalhar com esse conhecimento curricular que é de função e obrigação escolar”.

Combate ao preconceito – A comunidade de Cosme de Farias foi mobilizada pelos alunos e corpo docente da escola para participar das atividades, como foi o caso de Jeane Santana, de 32 anos. A manicure se emocionou ao ver sua filha desfilar durante as atividades.

“Estou emocionada. Está sendo um evento bastante educativo. Nunca tive dificuldade em me empoderar ou me aceitar, mas a cada apresentação realizada por essas crianças sinto um incentivo ainda mais. Precisamos nos aceitar mais, aceitar nossos cabelos e ser quem somos”, disse.

Foto: Lucas Moura/ SECOM